Lisbon Art Weekend’s primeira edição de Spot Lisbon “Dream Sequence” exposição

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O Lisbon Art Weekend apresenta Spot Lisbon, uma série de exposições anuais que surge na sequência de um convite aberto a artistas emergentes sediados em Lisboa.

O tema desta primeira exposição coletiva é Dream Sequence.

Na narrativa, uma «sequência onírica» permite uma pausa na história principal para sugerir os pensamentos íntimos de uma personagem e desvendar uma exploração inconsciente e mística de cenários da vida real. Através de uma multiplicidade de expressões artísticas, esta exposição utiliza esta técnica para mergulhar os visitantes na sua própria Sequência de Sonhos. Um estado alterado, em tempos de degradação excessiva e acelerada. Uma fantasia, inspirada numa versão enigmática do nosso mundo. Um interlúdio, misturando vestígios de memórias, símbolos e segredos, factos e ficções, medos e miragens, flertando com o profético.

Inspirando-se no fluxo constante de informação, imagens e filtros em que estamos presos, as obras de arte desta exposição compõem paisagens fantasmagóricas de rochas e píxeis. Falam de arquivos e dissolução — até mesmo de desaparecimento. Capturam o quotidiano, invocam figuras da história da arte e exibem cenas do caos contemporâneo. Assim, inundam-nos com muitas perguntas, entre as quais: o que significa sonhar sob o capitalismo? E numa época de guerras e desastres? Como não se sentir perdido e angustiado num pesadelo contínuo?

Sonhar pode tornar-se um refúgio da violência avassaladora exibida nos nossos ecrãs. Pode ser um espaço de maior consciência e emancipação. Paradoxalmente, então, sonhar pode ser um alerta. Pode ser um exercício de construção de mundos, uma forma de sugerir outras realidades, acedendo a eventos e histórias esquecidos e imaginando uma reconstrução após ou ao lado das ruínas. Talvez possam até ajudar-nos a envolver-nos numa mudança de perceção sugerida e esperada pelo filósofo Federico Campagna, de uma realidade degradada baseada na técnica para uma realidade fundamentada na magia, aceitando as sombras e o inefável.

A comissão de seleção teve a oportunidade de analisar quase 300 candidaturas que apresentavam uma grande variedade de meios, idiomas e temas. Foram selecionados dez artistas:

Barbara Portailler
Bruno José Silva
Clara Imbert
Gabriel Ribeiro
Guilherme Curado 
Léna Lewis-King
Lisette van Hoogenhuyze
Maria Rebela
Nithya Iyer
S4RA

Com o apoio de: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa and MAD- Marvilla Art District

Photo Credit: Apertura Studios

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